20 de set. de 2010

VIGÉSIMO TERCEIRO DIA - 20/09











Dia livre para não fazer nada. E não fizemos muito não. Acordamos mais tarde do que o habitual nesta viagem. Resolvemos, então, caminhar. Foi uma idéia sábia, porque aproveitamos para conhecer a região. Seguimos pelo lado esquerdo da praia, passando pela Praia do Farol Velho, chegando até o rio que separa Atalaia do povoado de Salinas.

Conhecemos Salinas, pelo lado do rio, e só não o atravessamos porque a maré não estava totalmente baixa. Descobrimos que a praia é realmente muito bonita. No dia anterior, por ser domingo, tivemos uma impressão muito ruim. Caminhos por um bom tempo, talvez percorrendo uns 12 km. Durante o trajeto, aproveitando a maré baixa, tomamos banho em piscinas naturais, que se formam em virtude dos bonitos recifes de pedras, comuns na região.
De um lado da praia de Atalaia tem muitas barracas, com bares e restaurantes badalados, em forma de palafitas, decorrente das grandes marés. De outro, opulentas casas de “bacanas” da Capital, políticos, empresários e comerciantes de “grana”. As casas se debruçam sobre a praia, e muitas delas já tiveram seu muro de contenção levado pelas águas. Qualquer hora as casas também vão. Já vão tarde...
Tem dunas também. Mas não visitamos. Já vimos muitas dunas nesse mês...
Antes do almoço tomamos um aperitivo à beira da piscina do nosso Hotel, com tira gosto e tudo. Coisa de rico... Lembram que era um presente que demos pra nós mesmos?
Fomos almoçar novamente na barraca do Carlos, e desta feita não tinha ninguém, a não ser o xará Sergio, de Apucarana, que estava a passeio com a esposa Cláudia. Eles viajam pelo Amazonas e Pará, e deveriam voltar logo pra terrinha. O Carlos também é uma “figura”. Já rodou o Brasil, e fez de tudo na vida. Durante um bom tempo ficou contando algumas de suas aventuras, até parar em Salinas. Foi garçom em Santa Catarina, garimpeiro em Serra Pelada, caminhoneiro, comerciante, fazendeiro entre tantas outras coisas. Até fotos antigas nos mostrou. Foi muito legal escutá-lo. Um verdadeiro aventureiro. Vamos poupá-los dessas histórias, elas vão ficar na nossa memória.
Mais tarde pegamos um ônibus de linha, e fomos até a vila de Salinas, cerca de 10 km da praia de Atalaia. Precisávamos ir ao banco e atualizar o blog na internet. O motorista do ônibus nos “obrigou” a fazer city tour, e assim conhecemos melhor o lugarejo.
De noite voltamos ao Hotel vizinho para lanchar, e para nossa surpresa, encontramos uma das mulheres mais altas do Brasil. Na verdade é uma menina ainda, tem 14 anos, e já está com 2,08m. É natural de Bragança, nessa região mesmo aqui do Pará. Não chegamos a saber seu nome corretamente, mas soubemos que ela estava hospedada lá, junto com sua família, como presente de um desses programas domingueiros sensacionalistas, que dão casa, automóvel, tratamento de saúde, etc... O programa foi ao ar ontem, dia 19, e nós não vimos, é claro.
Pelo que soubemos, a menina pode crescer mais, com certeza tem alguma disfunção no hormônio de crescimento. Tem as pernas muito finas, enquanto seu tronco é praticamente de uma pessoa de sua idade. Brincava como criança junto a seus irmãos menores (sem trocadilho), logo depois de jantar. Jogou ping pong e sinuca de forma toda desengonçada. Ficamos muito impressionados com a altura e a magreza dela.
As bicicletas? Dormiram tranquilamente, sem tomar banho...

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