22 de set. de 2010

VIGÉSIMO QUARTO DIA - 21/09









Tivemos que esperar o café servido pelo Hotel, pois não tínhamos opção de comer no caminho. Assim, partimos perto das 08h00, muito tarde considerando a jornada prevista para o dia: aproximadamente 150 km até Castanhal.
Os primeiros 38 km foram os mais difíceis. Vento contra e muito sobe e desce, no mesmo trecho que havíamos feito no sentido contrário, dois dias antes. O calor de sempre. Quando chegamos ao trevo da Vila Santa Luzia, seguimos à direita no sentido Belém, e aí a coisa mudou, e muito. O vento passou a soprar em nosso favor, e a pedalada começou a render melhor. Passamos pela Vila Timboteua e almoçamos em Nova Timboteua. Até ali já havíamos percorrido 78 km. Sem chance de dormir em Castanhal.
Deixamos Nova Timboteua por volta das 15h00, já sabendo que teríamos que pernoitar em Santa Maria do Pará, cerca de 35 km dali.
Percorremos um bom trecho entre mata nativa, preservada, o que nos remeteu à Amazônia, já que esperávamos encontrar algum resquício de floresta. Porém, logo vieram os campos de gado...
Finalmente lavamos as bikes... na chuva. Chuva????? Isso aí, chuva mesmo. Pela primeira vez em nossa aventura, pegamos chuva, e que maravilha de chuva. Refrescou-nos e ajudou a amenizar o calor do sol até chegarmos a Santa Maria. Com isso, por outro lado, não conseguimos filmar ou fotografar muito neste dia.
Nova confusão encontramos ao chegar numa cidade. Outro comício político. O duro foi decorar o nome dos políticos do Pará, pois os do Maranhão, já conhecíamos todos, inclusive os “jingles”. Não achamos um hotel para ficar, e a dificuldade deveu-se a um encontro da EMATER. Alojamo-nos no Hotel Novo Horizonte, simples, mas que nos abrigou satisfatoriamente. Parte da cidade fica à beira da BR 010, mais conhecida como Belém-Brasília, de alto fluxo de caminhões. Por sorte, a cidade se desdobrou numa rua transversal, e por lá tudo era um pouco mais tranquilo, apesar da desobediência civil com relação ao trânsito. Contaram pra nós, que certa vez policiais do trânsito tentaram organizar tudo, inclusive distribuindo multas e apreendendo veículos, mas a população se rebelou, e os policiais quase foram linchados, sendo socorridos por outros policiais. Pode??!!
Em pouco tempo de conversa com locais, já soubemos que a prefeita não manda nada, quem manda é o “primeiro damo”. Ela é de Belém, mas mora na cidade. Ainda bem...
Outra história, curiosa e macabra, fica por conta do cemitério público, que fica localizado bem em frente ao Hotel. Não há mais vaga para qualquer defunto, e ninguém (vivo) gosta muito de entrar lá, dizem que há corpos aparecendo entre os túmulos; os caixões estariam apodrecidos, mas os corpos, não...
Total do dia: 112 km (cerca de 6 km rodando na cidade para procurar Hotel)
Ufa! Lavamos as bikes. hehehehehe

Um comentário:

  1. Olá,tudo bem Caro Amigo! Parabéns por mais esta bela aventura. Interessante que em pouco tempo já descobriu até quem "manda"na cidade.......rs. Sucesso e ótimos passeios!!! Belas Fotos!!! Abraço! Débora Veneral.

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