2 de set. de 2010

QUARTO DIA - 01/09

Por do Sol na duna do Pôr-do-Sol em Jeri

Isso sim que é mountain bike...

Morro do Serrote - Jericoacara

A caminho de Jeri

Neste dia o objetivo era chegar a Jericoacoara, carinhosamente chamada de Jeri, e um dos principais destinos de turistas no Ceará, tanto brasileiros como principalmente de estrangeiros.

Pegamos o asfalto cedinho e cedinho também aconteceu um problema: a corrente da bike do Sergio arrebentou. Ela já vinha causticante há algum tempo, com o câmbio pulando frequentemente, e naquele momento ela partiu. Logo todos pararam para ajudar, ficando junto dele apenas o Eliseu e o Mauro. Os demais seguiram em frente.

Feito o conserto, os três seguiram em ritmo acelerado, passando pela pequena cidade de Cruz e chegando ao trevo de entrada para Aranaú, pequena vila de pescadores, já à beira mar. Ocorre que para surpresa deles alguns parceiros estavam parados no trevo, e foi quando souberam que a Sandra havia passado direto naquele trevo, pois havia se desgarrado do grupo pouco antes.

O Sergio pediu ao Elídio para ficar com ele, e aos demais do grupo para seguirem em frente, inclusive para alcançar a Fabi, que saiu antes de Acaraú, preocupada em não atrasar o grupo, pois se sentia menos resistente naquele momento e sabia que tínhamos novamente um compromisso com a maré.

Ali no trevo mesmo, os dois conversaram com motoqueiros que iam no sentido de Jijoca. Primeiro para saber se a Sandra realmente estava no caminho errado como presumido; segundo, para pedir para ela retornar. Quando teve certeza de que ela estava no trecho errado, o Sergio deu uns trocados para um motoqueiro ir até ela e dar um jeito de ajudá-la a voltar, sabendo das dificuldades de pedalar contra o vento. Chegaram a lembrar da imagem do Elídio com aquela moto no outro dia. Ela chegou a passar uns 7 km da entrada, mas não quis tal ajuda. O motoqueiro chegou antes e ela um tempo depois, com cara de poucos amigos e foi direto a um barzinho do trevo e pediu sua cerveja gelada. Enquanto isso, Sérgio e Elídio saboreavam uns cajus recém colhidos na beira da estrada. Estava resolvida a situação, logo a Sandra voltou ao seu normal, ou seja, sempre bem humorada e participativa.

Tocaram os três em ritmo forte, ainda por asfalto, cercado por carnaúbas, e encontraram o grupo na vila. Breve descanso e todos se dirigiram à praia. Seria mais um trecho grande pedalando pela areia, em mais uma praia maravilhosa. Já no começo tivemos que contornar uma bela duna de areia para chegar à parte trafegável, diríamos assim. Tocos de árvores típicas de manguezal engolido pelo mar deixavam a paisagem ainda mais bela.

No caminho, muito mais torres de energia eólica, algumas protegidas por grandes pedras, pois o mar avança com fúria. Paramos na praia do Preá, cerca de 5 km de Jeri, para almoçar. Um a um os aventureiros foram chegando e se instalando no restaurante agradável à beira da praia, com proteção especial para o vento forte e com muita sombra para descansar. A previsão era a de almoçar em Jeri, mas o razoável seria descansar por ali mesmo e seguir mais tarde, com mais energia, pois necessário seria transpor o morro do Serrote, que estava logo ali, desafiador.

E fomos para o desafio final: morro do Serrote. Alguns encontraram um meio mais longo, porém menos íngreme, com direito a tempestade de areia; outros seguiram o Sergio num caminho mais curto, mas de maior dificuldade. No final, todos fizeram um esforço danado para cumprir o objetivo. A maioria tirou os alforjes e foi levando peça por peça morro acima e depois a bike mais leve. Os que subiram até o alto do morro (Eliseu, Elídio e João Pedro), seguindo as “orientações” do Sergio, tiveram um visual que compensou tudo, com a vista do mar, das dunas, do horizonte infinito e da charmosa Jericoacoara. Os três que estavam no alto do morro, desceram para ajudar os outros, e para surpresa destes, os demais estavam contornando o morro sem subir ao cume.....Daí que a Fabiane, Andrea e Sandra resolveram encarar a escalada e não quiseram ajuda.

Não é à toa que os estrangeiros ficam encantados e deslumbrados com tanta beleza, e, é claro, nós brasileiros também. A descida foi feita pela maioria, montados nas bikes, em velocidade relativamente alta, considerando o peso dos alforjes e o terreno arenoso.

O Rubens, que também havia contornado o morro, se adiantou um pouco e quando os demais chegaram à Pousada do Véio, onde também havia reserva, não o encontraram. Conversando com a atendente, o Sergio descobriu que mais uma vez não preservaram o compromisso. A história estava se repetindo. Vamos reclamar aos órgãos competentes... O Sergio, conhecendo bem seu compadre, sabia que ele estava procurando por abrigo, e esperou um pouco. Como ele não apareceu tão logo, resolveu ir atrás de um lugar para instalar o grupo. Já estava quase confirmando um outro local quando o Rubens apareceu com a resposta: já havia conseguido uma pousada, dentro das expectativas de preço e conforto para o nosso tipo de expedição. Perfeito, todos adoraram a simpatia da Márcia, que nos acolheu como se fôssemos seus parentes e amigos. Abriu a pousada Alquimia só para nós, pois estava fazendo uma pequena reforma.

Aproveitamos o resto da tarde para descansar e fazer aquilo que quase todos fazem em Jeri: curtir o pôr-do-sol nas dunas do mesmo nome.

Um comentário:

  1. Existe um interesse da EART, grupo de ciclismo de Belem de recepcionar voces na chegada a nossa cidade.
    http://eart.esp.br/forum/viewtopic.php?t=3912

    Que tal registrar no forum e mandar um email? :)

    Sejam bem-vindos e boa sorte no cicloturismo.

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