8 de set. de 2010

NONO DIA - 06/09


Rumo ao porto de Tatus

Qual dos barcos pegamos???
Voce errou ou acertou???
Eliseu e Sergio atualizando o blogDunas na ponta da Ilha das Canárias


Brincadeira divertida nas dunas da Ilha das Canárias

Paisagem bucólica na região do delta do Parnaíba


Mais um pôr do sol, desta vez nas dunas de Paulino Neves

Acordamos as 04h30, para ajeitar as tralhas e tomar café. Nosso programa para o dia consistiu em pedalar 15 km até o porto dos Tatus, região do delta do Parnaíba. O vento a favor facilitou desta vez o percurso em rodovia asfaltada, bastante movimentada, sem acostamento, e exigindo cuidado constante com os veículos que circulavam em ambos os sentidos. Vale citar a cena do Sergio e Elídio, que estavam no pelotão da frente, e de repente começaram a gesticular freneticamente para um ônibus que iniciava uma ultrapassagem no sentido contrário. Felizmente, o motorista recuou e passamos sem problemas.



Chegamos ao porto dos Tatus bem no horário, e o barqueiro já nos aguardava. Iniciamos o embarque das bicicletas, com o arquiteto Elídio assumindo a gestão e execução do processo de amarração das mesmas na cobertura do barco. Porém, seu “projeto arquitetônico” teve que ser alterado, pois não ia bem. Um “bando de palpiteiros” que estava brincando e dançando no cais, começou a botar reparo e dizer que as bikes iriam cair. Além disso, arrumamos os alforjes e isopores com gelo para água e bebidas. Tudo pronto, navegamos em direção a ponta da Ilha das Canárias, onde haveria uma parada para banho, subir numa duna e apreciar a vista maravilhosa da região.



O delta do Parnaíba é um dos três maiores deltas do mundo, o único em mar aberto, composto por dezenas de ilhas e igarapés, com uma fauna e flora invejáveis. Vimos um guaxinim que nos olhou assustado, além de um pássaro todo azulado, com pernas finas e compridas, bastante diferente.



A viagem prosseguiu por mais 4,5 horas no rumo de Tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu-tóia, entremeada por diversos cochilos dos aventureiros devidamente fotografados e momentos de saborear o lanche antes preparado.
De longe avistamos Tutóia, com a ilha do Cajú mais à direita. Apesar de parecer perto, demoramos ainda muito tempo para atracar no seu pequeno porto. Por volta das 14h30 começamos o desembarque. 



Rapidamente, enquanto o grupo arrumava as bikes e os alforjes, o Sergio foi atrás de transporte para a cidade de Paulino Neves, onde seria nosso pernoite, orientando a todos que aguardassem na sombra da praça principal. Conseguimos o transporte para as bikes num caminhão Toyota 4x4 com carroceria aberta, e para os aventureiros foi arranjado outro veículo, aqui denominado “pau-de-arara”. Isso implicou em aumento de custos, pois esperávamos conseguir transportar tudo num veículo só.



Mas outras surpresas ainda estavam por vir. Enquanto o Sergio e Elídio iam levando as bikes, o “pau-de-arara” parou na frente de um supermercado por quase uma hora, esperando mais passageiros e aguardando uma senhora que ainda fazia compras. Isso é muito comum aqui na região. Além da espera naquele sol, tínhamos a companhia de carros de som, dos comitês políticos, que aqui é liberado.



Deixamos Tutóia sem muitas saudades. No bairro chamado Comum, viramos à direita na estrada recém asfaltada que segue até Paulino Neves. Antigamente esse trecho era impraticável para outros veículos que não fossem 4 x 4. Hoje existe linha de ônibus, sendo mais uma alternativa para os moradores locais. Chegamos a Paulino Neves quase noite, na Pousada da Mazé, onde fomos bem recebidos e instalados. Foi o local mais barato da viagem. Tal local foi indicado pelo Genário, o verdadeiro guia dos Lençóis, conhecido do Sergio de outras passagens pela região.


A seguir, fomos ver mais um por do sol nas dunas dos Pequenos Lençóis, desta vez em Paulino Neves e conhecer nosso caminho penoso do dia seguinte. Voltamos já era noite e fomos tomar banho. O jantar seria num restaurante do outro lado da rua. Foi uma refeição deliciosa, com camarão, frango e carne de sol, com salada, arroz e feijão. Todos mataram as saudades da comida de casa.

Um comentário:

  1. rapaz, teu guia não brinca em serviço e por isso estou voltando pra região..é meu torrão, tá no meu coração. quase a gente se esbarra na trilha, passsei aí dia 10.09 quendo dormi na mazé. Tõ indo pra Bolivia hoje fechar minha conta lá e em 2011 de volta ao nordeste. abraços e boas pedaladas.

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