DÉCIMO TERCEIRO DIA - 10/09

Horizonte de um mar sem fim

Vamos preservar que vale a pena

...e dunas.....

Mais dunas e lagoas...

Dunas em Santo Amaro - Lençóis Maranhenses

Quem disse que ecoturismo é molezinha??

Chegando em Santo Amaro

Pau de arara para Santo Amaro do Maranhão - Lençóis Maranhenses

Ponto de parada de Sangue

O sol nascendo na MA-402

Se preparando para deixar Barreirinhas ainda de madrugada

Como havia sido combinado anteriormente com o Sergio, o Rubens pensava em fazer algo diferente principalmente quando chegasse em Caburé. Avisou o grupo que não seguiria à Santo Amaro do Maranhão. Resolveu pegar um ônibus nessa manhã até Sangue, de onde partiria pedalando até Rosário. De lá pegaria o ônibus novamente até São Luis, adiantando um dia do projeto original. Foi o que fez. O João Pedro decidiu fazer também o mesmo roteiro.

Saimos de Barreirinhas as 5 da manhã, ainda estava escuro quando pegamos a MA 402 - Translitorânea em direção a Sangue, nosso próxima parada. A rodovia sem acostamento, exigia cuidados maiores, pois pedalavamos na faixa branca, e quando os veículos nos ultrapassavam, era sempre em alta velocidade. Constatamos que aqui no Maranhão, os limites de velocidade não são respeitados.

Uma hora mais tarde, quando o sol já nascia no horizonte, o Eliseu verificou em uma parada, que sua roda dianteira estava com problemas. O nipple do raio havia quebrado e a roda começava a travar. O Sergio parou para ajudar e resolveram seguir apenas soltando o v-brake dianteiro. Enquanto isso, o grupo avançou 10 minutos à frente, o que exigiu dos dois, uma média superior (30/32km/h) para alcançá-lo.

A pedalada seguiu por extensas retas, algumas subidas e descidas até Sangue, que é uma parada na beira da estrada e porta de entrada para Santo Amaro do Maranhão. Ali, arrumamos um local para deixar as bikes guardadas e seguimos para Santo Amaro de Toyota "pau-de-arara", viagem que levou 2 horas por uma estrada bastante difícil, até mesmo para um veículo 4x4. Vale citar que a Sandra veio na boléia, conversando com o motorista Sabiá e seu ajudante aprendiz (que dirigia) Foca. A Sandra nos contou mais tarde que ouviu por duas horas um CD da Rose Valença, cantora aqui da região. Agora ela sabe de cabeça todas as letras daquele CD......Contou também peculiaridades que ouviu do Sabiá, a respeito de como digirir em estradas arenosas e não atolar e como eles decidem por qual caminho pegar, já que a estrada as vezes de dividia em duas ou três direções. O critério é aleatório, dependendo se choveu ou não, se alguem encalhou no dia anterior, etc.

Chegamos em Santo Amaro por volta de 10 horas, encontramos uma pousada, nos instalamos e decidimos dormir um pouco e depois almoçar. Não daria para irmos visitar as dunas, pois pegaríamos o sol já bem alto e forte. Após almoçar, descansamos bastante e saimos às 15h30 para conhecer aonde começam os Lençóis. Foi uma caminhada longa, de quase 2 horas, até alcançar as primeiras dunas e lagoas. Como não choveu bastante nessa temporada, o nivel de água das lagoas era baixo. Tiramos bastante fotos e apreciamos a paisagem deslumbrante, natureza ainda selvagem, felizmente ainda pouco explorada comercialmente. O sol começava a dar sinais que iria embora e resolvemos voltar, já que teríamos que caminhar bastante antes de chegar na pousada e não queríamos andar na trilha a noite. Chegamos caminhando pela dunas na entrada da cidade, quando o sol já tinha ido embora depois de outro pôr do sol maravilhoso.

Na volta, observamos com tristeza as condições de moradia e saneamento de algumas áreas da cidade, com lixo espalhado pelas ruas, muitas delas formadas por areiões, misturado com sacos plásticos, garrafas, pedaços de madeiras, etc. Por outro lado, encontramos parte da cidade já com calçamento feito de lajotas de cimento, dando um aspecto mais urbanizado ao vilarejo.

Durante a janta, por incrível que pareça, choveu, mas como o ar ainda estava quente, que nem chegou a molhar o chão. No dia seguinte sairíamos de madrugada, então o jeito foi dormir bem cedo de novo, pois o Sabiá iria nos pegar às 4 da matina. Combinamos com o dono da pousada para nos preparar um café em garrafa térmica, compramos algumas frutas, bolachas e sucos, e acabamos por ter um gostoso café da manhã servido no quarto do Sergio e da Carmo.