15 de set. de 2010

DÉCIMO QUINTO DIA - 12/09


Km total pedalado na fase I do CEPIMAPA


Chegada no centro histórico de São Luiz

Foto de despedida da areia da fase I


Matando a saudades de areia em Araçagy


Parando para fugir do sol e descansar, entre S.J.Ribamar e Paço do Lumiar


São José do Ribamar


Biana 2


Biana 1


Agora mais tranquilos, com duas bianas garantidas


Suspense quanto a travessia


Cais de Icatu


O dia começou novamente bem cedo, era domingo, quando chegaríamos a São Luiz, destino final da fase I. Saímos do hotel em direção ao cais de Icatu, com uma sensação de apreensão e de suspense, pois ainda não havíamos visto o barco que nos levaria até São José de Ribamar, noutro lado da baía de São José. Ao chegar no cais que fica na foz do rio Muniz, encontramos o Totó, pescador com quem o Sergio e a Sandra tinham conversado no dia anterior.

O barco era do tipo biana motorizada, comum aqui na região, mas logo vimos que pelo seu tamanho, não seria seguro para 8 ciclistas e respectivas bikes. Conversa vai e conversa vem, o Totó também concluiu que precisava de mais uma biana. Assim, dividimos o grupo em duas bianas: Andrea, Elídio, Fabiana e Sandra na Presente de Deus com 15hp; Sergio, Carmo, Eliseu e Mauro na Avião de Pau3 com 7,5 hp. A jornada de quase três horas e 30 km até São José do Ribamar.

A viagem foi tranquila pela baía. Avistamos diversos pássaros, com destaque para os guarás (Eudocimus ruber), aves de cor avermelhada (resultado de uma alimentação rica em crustáceos e carotenóides) e que são consideradas umas das mais belas aves brasileiras. Tem como habitat natural os mangues, devido, principalmente à sua dieta rica em caranguejos e camarões e ao fato de construir seus ninhos em vegetações densas.

São José do Ribamar é avistada de longe, principalmente as imagens de São José, Nossa Senhora e do Menino Jesus. A cidade fica a 32 km de São Luiz é conhecida como sinônimo de paz e tranqüilidade. Possui atrativos como praias, comidas deliciosas à base de frutos do mar (destaque para o tradicional peixe-pedra frito) e histórias, girando em torno da figura do santo padroeiro - São José. Segundo a lenda, a igreja da cidade teria desabado duas vezes até ser construída de frente para o mar, como era o desejo do Santo.
Demos uma volta pela cidade procurando um lugar para tomar um café decente. Encontramos um lugar bastante agradável, perto da Igreja de São José, com diversas opções de sucos, bolos, salgados, etc.
Em seguida, decidimos chegar em São Luiz pela praia, mas para isso teríamos que pegar um trecho de asfalto, bastante movimentado e perigoso para ciclistas. Graças ao esforço coordenado e compreensão da maioria, concordando em andar em fila única e em bloco, superamos esse trecho perigoso, passando por Paço do Lumiar e Araçagy. Antes de seguir pela praia, paramos num posto de gasolina comprar água e encher o pneu da bike do Elídio (tinha furado de novo) e para surpresa nossa, a dona do posto nos reconheceu. Ela havia estado com a familia dias antes em Caburé. Conversamos animadamente sobre a viagem e sobre as maravilhas naturais do Maranhão. O Sergio ganhou um guia com mapas da região e várias dicas de passeios e hospedagem.

Voltando para a estrada, fomos direto para a praia, e pudemos matar a saudades de pedalar na areia por quilômetros. Paramos numa praia entre Olho d´Agua e Calhau para almoçar e se esconder do sol. Almoçamos sossegados e conhecemos Beckman, amigo da Fabiane, que mora em São Luiz e veio nos encontrar na praia.

Lá pelas tantas, depois de algumas águas de côco, sucos de goiaba e cevada, o Mauro deu conta que havia perdido sua carteira com R$, cartões, CNH e RG. Consternação geral, pois esse fato não é nada agradável, principalmente estando em viagem. Aliás, registre-se que o Mauro não estava com sorte mesmo, já tinha dado PT no seu smartphone e câmera fotográfica, esses por "afogamento" dias atrás, quando enterrou a roda e o alforje impermeável (não estava lacrado) em um buraco cheio d´agua. O Beckman se prontificou em levar o Mauro até uma delegacia, para registrar a ocorrência e obter um "BO". Como o Eliseu já tinha extraviado sua CNH (provavelmente caiu do bolso no avião entre Rio e Fortaleza), eles passaram a fazer parte do grupo dos "BêÓÓs".

Nossa parada final seria no centro histórico de São Luiz, que reúne diversas opções de hospedagem. De volta as bikes, seguimos pela praia por mais alguns quilômetros e em seguida saímos para o asfalto, enfrentando o trânsito maranhense no final de domingo. Optamos por ficar no Lord Hotel, arrumamos um local para as bikes, nos instalamos e fomos jantar brindando o fato que tínhamos chegado ao final da fase I do projeto CEPIMAPA 2010, com 800,3 km pedalados.

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