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Icarai de Amontada |
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Usina eólica de Icarai de Amontada |
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Rio Mundaú |
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Lagoinha - vista do Hotel Platô |
Todos sabiam de antemão que este dia não seria dos mais fáceis, pois teríamos que transpor um trecho razoável de areia fofa quase no final do percurso até Icaraí de Amontada, local do pernoite. Porem, e sempre tem um porem, a quilometragem era menor, e o percurso seria feito integralmente pela areia da praia, curtindo o visual sempre maravilhoso, com direito a banho de mar a qualquer hora.
Em Lagoinha, saímos da pousada Sol Poente para tomar café da manhã no Hotel Platô, de frente para a belíssima praia de Lagoinha. Depois de nos fartamos com o café e com a vista, descemos até a praia para iniciar a jornada.
No primeiro trecho passamos pela região do Trairí, nas praias de Guajirú, Flexeiras e Embuaca, quando resolvemos mudar um pouco os planos e seguir pelo asfalto lisinho, que corria convidativo paralelo à praia. Foram somente alguns quilômetros, mas o suficiente para adiantarmos o passeio, sempre pensando na tábua das marés, porque talvez tivéssemos chance de não sofrer tanto naquele trecho final, onde existe um cemitério praticamente abandonado e que está aos poucos sendo engolido pelo mar. Dizem os locais que corpos já apareceram por ali, num dos desabamentos de barrancos de areia. Bem, pelo menos nenhum deles estava agarrado à sua bicicleta... Ui, que tétrico, é melhor mudar de assunto.
Logo chegamos a Mundaú, que fica à beira do rio do mesmo nome, onde é impossível atravessar sua barra sem ajuda de uma balsa. Era hora do almoço, por volta do meio dia, porém o único restaurante da cidade estava fechado, e o jeito foi improvisar uns sanduíches numa acanhada lanchonete. Enquanto lanchávamos, ficamos expostos a curiosidade das crianças locais, que deixaram de chegar no horário para a aula e ficaram nos perguntando sobre nossa viagem e as bicicletas. Impressionante foi ver que cada uma trazia apenas um caderno surrado embaixo do braço e um lápis na mão, reflexo da situação educacional e social do verdadeiro Brasil.
Não dava para perder tempo, e o Sergio engoliu numa bocada só o seu sanduíche, para guiar o grupo até a travessia para o outro lado do rio Mundaú. Passando por estreitas ruas de areia e pedras, logo uma alta e bela duna de areia se descortinou à nossa frente. A passagem é possível somente na maré baixa, e encurta e facilita a chegada à balsa.
Os próximos 24 km foram muito difíceis, pois a areia se tornava cada vez mais fofa, dificultando nossa pedalada. Com isso o grupo se dispersou e houveram novamente alguns tombos por conta da areia e dos clips. Nada grave. A passagem pelas praias do Inferno, Pracianos e Apiques, nos levou ao trecho final de 3 km, onde se confirmou a previsão: Foi PAULEIRA!!!.
Um a um, os aventureiros foram chegando a Icaraí de Amontada, na pousada Estrela de Icaraí, com direito a um bom banho nas bicicletas e depois na piscina (exatamente nesta ordem). No final da tarde, desfrutamos de um por do sol fenomenal, atrás de diversos geradores eólicos que passaram a fazer parte da paisagem daquela região.
Interessante: Lá pelas sete da noite eis que aparece a Andrea. Depois de tanto sufoco, finalmente conseguiu chegar e contar seu pequeno martírio aéreo.
Neste dia pedalamos cerca de 75km.
Parabéns pela aventura, boa sorte a todos.
ResponderExcluirA EART está a disposição, em Belém, para auxilia-los no que for preciso.
Qualquer dúvida é só entrar em contato
talui@eart.esp.br
Ciclo abraços.
Fábio Araújo.
Coordenador EART
Alegria geral, mas quem vai coordenar o Bike Night desta quinta?
ResponderExcluirAbraços a todos e boa jornada.
Heron
Olá pessoal
ResponderExcluirImpossível ficar com saudade de Curitiba com tuda essa natureza linda pelo caminho!
Beijos
Andréa