22 de set. de 2010

VIGÉSIMO QUINTO DIA - 22/09














CHEGAMOS!!!!!

O CEPIMAPÁ É NOSSO

O Eliseu já avisou antes. É isso aí. Chegamos firmes e fortes, às 13h30 de hoje. Foram mais 112 Km pedalados pelo Pará. O total da fase II chegou a 715 km.
Parabéns a todos.

Tem outras notícias sendo postadas. Aguardem!


Tentamos sair cedo de Santa Maria do Pará, mas a senhora que cuida do hotel, pediu ao dono que fosse buscar pão e leite. Como sua moto estava trancada por um carro na garagem, foi com uma bicicleta emprestada. Eram cinco horas da manhã, e como ele foi até uma chácara, demorou. Como tudo era estranho naquela cidade, o dia não podia começar diferente.

Partimos lá pelas seis, e logo estávamos na Belém/Brasília. Em seguida, na BR 316. Trecho em pista simples, mas com bom acostamento. Nada a contemplar, infelizmente.

Pouco mais de 40 km pedalados e chegamos a Castanhal, a "Cidade Modelo". Pelo menos é isso que está escrito no portal. Uma cidade de porte médio, com cerca de 160.000 habitantes. A região onde hoje fica a cidade tem importância histórica, junto às demais cidades próximas a Belém, com o episódio da Cabanagem, movimento político da época do Império no Brasil, entre os anos de 1835 e 1840, quando pobres, constituídos principalmente por negros e índios, efetivamente tomaram o poder. A cidade está crescendo, pelo que vimos, e com isso também os problemas. Era cedo ainda quando passamos por lá, e o movimento era intenso de veículos, tornando tudo mais perigoso, pois a estrada corta o município.

A partir dali a BR 316 está duplicada, tornando a aventura mais tranquila, pelo menos enquanto não cruzávamos alguma cidade. Terreno plano e vento a favor; calor muito contra...

O trecho entre Castanhal e Belém seria de aproximadamente 60 km, isto até a entrada, depois alguns quilômetros nos separavam do centro. Cruzamos a cidade de Santa Isabel do Pará e paramos para hidratação. Não é que a Carmo queria ir ao banheiro de novo! Resultado: Foi. Mesmo com a placa indicando "Fio da Meada" (será que era da "meada" mesmo?), ela foi. Ainda dizia: "Foco da Moda". Pode? (vejam a foto acima).

Quando começamos a passar em cidades da região metropolitana, como Marituba e Ananindeua, aí o bicho pegou. Altíssimo movimento de ônibus municipais e intermunicipais, que paravam de ponto em ponto, estreitando o nosso caminho; caminhões, carros e muito, muito calos mesmo. O nível de estresse estava nas alturas também, e demoramos a perceber a existência de uma ciclovia no meio das pistas, quando a BR se transformou em avenida, na entrada de Belém.

Já na ciclovia, mais aliviados, baixamos a cabeça e forçamos no pedal, pois ainda tínhamos um bom trecho até a parte central, ou melhor, ao bairro São Brás. Paramos ali para beber alguma coisa, e refletir sobre hospedagem. Por sorte, o comerciante nos apontou ali próximo, o hotel da cadeia Fórmula 1, e lá resolvemos nos instalar. Lugar bom, bem localizado e barato, de certa forma, para três pessoas.

Cansados depois de mais 112 km percorridos sob um calor intenso, e já às 13h00, tomamos um banho gostoso e fomos descansar. Descansar?! Caminhamos cerca de 6 km até o centro histórico, lá pelas bandas do Mercado Ver o Peso. Almoçamos eram três da tarde, num buffet a quilo na bonita e remodelada Estação das Docas, com direito a ar condicionado. Ufa!

Visitamos toda a região e, para variar, retornamos a pé para o hotel, visitando antes, a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, local de importância pela grande e tradicional festa religiosa do Círio de Nazaré, realizada todo segundo domingo de outubro de cada ano, e que reúne milhares de pessoas, que peregrinam de toda a região, inclusive de outros estados próximos, que inclusive pagam promessas seguindo a pé, ou até mesmo de bicicletas. Isto faz lembrar, que devido à proximidade do evento, em alguns lugares nos pergurtaram se estávamos lá em razão do Círio. Não era o caso.

Permanecemos por mais dois dias na cidade. Procuramos conhecer todos os seus recantos e encantos, explorando-a a pé (talvez uns 30 km) ou de ônibus de linha. Esta, aliás, é uma forma interessante de conhecer uma cidade grande: seguir praticamente sem rumo, observando os passos de seus habitantes e seus costumes; a arquitetura da cidade, urbanização, limpeza, etc..., e seus pontos turísticos.

Não dá para deixar de conhecer as Igrejas de Nazaré e da Sé; o Museu Emílio Goeldi, que fica ali mesmo no bairro onde estávamos, o São Brás. É um lindo "oásis" verde no meio da selva de pedra. O ar é mais fresco, e parece que entramos numa floresta. Muitos animais estão lá para serem observados, mas o que chamou mais a atenção, principalmente pela raridade em vê-lo, foi o preguiça (foto acima). Vimos dois. Um deles estava com sua cria agarrada em suas costas. Uma graça...; a Praça da República, com o lindo Teatro da Paz; o Parque da Residência, também perto do nosso hotel, lugar onde residiam os antigos governantes do Grão-Pará. Pelo que soubemos, os governados tiveram que procurar um lugar mais distante para ficar, pois a casa estava muito próxima ao povo (?); a Estação das Docas, que virou um bonito complexo turístico e gastronômico, e possui atracadouro para barcos, que fazem rotas próximas e, inclusive, tem catamarã que transporta turistas até a ilha de Marajó. E, é claro, o famoso mercado Ver-o-Peso. O lugar é tratado como a maior feira aberta da América Latina. No casario mais bonito, funciona dentro o mercado dos peixes; o segundo casario é reservado às artes e nos demais espaços é feirão mesmo. Tem de tudo, o que você imaginar. Gostamos mesmo, foi de saborear sucos de polpas frescas de frutas das mais variadas: cupuaçú, goiaba, cajá, bacuri, cajú, murici, abacaxi, açaí, acerola, entre outros.

Belém, como toda capital do país, está crescendo muito rapidamente, e para o alto também. Tanto o Elídio, quanto a Carmo, conheceram-na há muitos anos, e perceberam uma grande modificação. O que não mudou na cidade, foi a presença de grandes e formosas mangueiras, árvores que estão em cada quadra da cidade, fazendo transbordar seus frutos deliciosos pelas calçadas, o que a torna ainda mais doce.

4 comentários:

  1. Parabéns aos 3.

    Agora é só pensar na próxima...


    Abraços

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  2. Parabéns pela conquista!!!

    Como disse o Mauro, agora é só pensar na próxima!

    []´s

    J.P

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  3. Viiivaaaaa!! Congrats aos 3 mas em especial a Carmo, que aguentou o ritmo dos "marmanjos".
    Quando chegarem temos que nos reunir prá bebemorar....

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  4. Fabiane Felizari24/09/2010, 12:14

    E isso aí meninos e menina, meus parabéns.
    Estamos aguardando vocês pra domingueira.
    Abç,
    Fabi

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